Se você é um gamer apaixonado, sabe que uma boa placa de vídeo é essencial para garantir uma experiência imersiva e fluida nos jogos mais recentes. Mas, com tantas opções disponíveis no mercado, pode ser difícil decidir qual modelo comprar. Será que vale a pena investir em uma GPU topo de linha antiga, ainda poderosa, ou em uma placa mais moderna, porém de entrada?
Para começar, é importante entender que as placas de vídeo mais robustas costumam ter um desempenho excepcional por anos a fio, mesmo sendo superadas em vendas por modelos mais econômicos. A GeForce GTX 1080 Ti, por exemplo, foi lançada em 2017 e ainda dá conta do recado quando o assunto são jogos exigentes. No entanto, ela não é compatível com tecnologias modernas, como o Ray Tracing e o DLSS, que estão cada vez mais presentes nos jogos mais recentes.
Por outro lado, as placas de vídeo mais modernas são projetadas com tecnologias e arquiteturas mais eficientes, o que garante um desempenho superior, mesmo em modelos de entrada. Além disso, a indústria de jogos abandonou a abordagem de desenvolver títulos diferentes para PC e consoles, o que significa que os lançamentos são projetados para funcionar em ambos os ecossistemas. Isso garante que a limitação de hardware que dita os ciclos de desenvolvimento dessa indústria acompanhe os consoles, o que significa que as peças de PC demoram mais para se tornarem obsoletas quando se trata de jogos, principalmente as GPUs.
Mas será que vale a pena investir em uma placa de vídeo antiga, ainda que potente, ou em uma mais moderna, mas de entrada? Para responder a essa pergunta, é preciso levar em consideração vários fatores, como a procedência da GPU, o desempenho, as tecnologias integradas e o suporte da fabricante.
Ao comprar uma placa antiga, é difícil garantir que ela esteja em boas condições e que não tenha sido submetida a overclocks extremos ou mineração de criptomoedas, que costumam diminuir a vida útil do componente. Além disso, essas GPUs já não têm garantia de nenhum tipo, o que significa que o comprador está assumindo um risco.
Em termos de desempenho, cada modelo está relacionado diretamente às tecnologias de cada geração. Comparando a GeForce GTX 1080 Ti e a RTX 3050, por exemplo, a GPU mais antiga ainda ganha em testes sintéticos e em uso real em títulos pesados, como Cyberpunk 2077. No entanto, na maioria dos jogos mais populares, a taxa de quadros da RTX 3050 ainda é superior aos 60 FPS em 1080p e configurações altas.
As tecnologias integradas também são um fator importante a considerar. As GeForce RTX 2000 e RTX 3000 trouxeram inovações como o Ray Tracing e o DLSS, que aprimoram a experiência de jogo. No entanto, a RTX 3050 não foi projetada para utilizar o Ray Tracing, pelo menos não em FullHD, embora seja compatível com a funcionalidade. Já o DLSS é uma vantagem importante dessa GPU de entrada, que consegue competir com um modelo topo de linha da geração GTX 1000.
Por fim, é importante lembrar que o suporte da fabricante é essencial para garantir a compatibilidade com jogos e a segurança do usuário. A Nvidia ainda não anunciou uma data para deixar de atualizar os drivers da família GTX 1000, mas a fabricação dos chips para essa geração foi encerrada em 2018. Conforme a documentação oficial, isso coloca a GTX 1080 Ti na Fase 2 da Política de Suporte, garantindo pelo menos mais 6 anos de atualizações.
Em resumo, investir em uma placa de vídeo antiga pode ser arriscado e pode não oferecer o melhor desempenho em jogos mais recentes. Por outro lado, as GPUs mais modernas, mesmo de entrada, são projetadas com tecnologias e arquiteturas mais eficientes, o que garante um desempenho superior. No final das contas, a escolha depende das necessidades e do orçamento de cada usuário.
RTX 3050 entrega boa taxa de quadros em FullHD e configurações médias e altas.Fonte: Technical City